Doces lembranças...
É muito gostoso falar sobre experiências de leitura. Nasci em Campos do
Jordão e lembro-me de, em dias chuvosos e muito frios, ficar deitada na cama de
minha mãe, enquanto ela contava histórias maravilhosas para mim e para meu
irmão. Era uma verdadeira viagem no mundo fantástico dos contos de fadas e das
fábulas. Ouvindo aquelas maravilhas, eu me imaginava lendo e contando aquelas
histórias que aqueciam os dias tão frios de inverno.
Quando entrei no primeiro ano primário (classificação da época),
aprendi realmente a ler com minha professora, que era minha própria mãe. Que
mágico! Sentia-me muito importante decodificando as primeiras lições da
cartilha Caminho Suave (faz tempo!!!). Em casa, como minha mãe tinha e tem,
ainda hoje, uma biblioteca com uma variedade de títulos, sentia-me desfiada
pelos livros “decifra-me ou devoro-te”. Era um verdadeiro ritual de mudança;
aprender a ler para ter acesso àqueles livros. Era crescer.
Minhas primeiras leituras, então, aconteceram em casa, na escola e nas
aulas dominicais do centro espírita que eu frequentava. Fui me encantando pela
literatura espírita e cada vez querendo conhecer mais. Mas foi na escola que
livros como Tistu, o menino do dedo verde, Meu pé de laranja lima, Pollyana
(todos da série), Mulherzinhas, O pequeno príncipe, Histórias do Sítio do
Pica-pau ficaram na minha lembrança como um tempo de crescimento e
"independência" no incrivel mundo da leitura e seus mistérios.
Autora: Virgínia Helena Furtado
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